ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA)


» O que é a Esclerose Lateral Amiotrófica?

A ELA é uma doença neurológica degenerativa rara que evolui de forma progressiva, sendo a forma mais frequente de Doença do Neurónio Motor (DNM). Não é uma doença contagiosa.
Conforme é explicado no site da Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica (APELA), o que acontece nesta patologia é que os neurónios motores que conduzem a informação do cérebro aos músculos (passando pela medula espinhal) morrem prematuramente. A consequência da morte precoce desses neurónios é que esses músculos, que nos permitem realizar os mais variados movimentos (andar, falar, mastigar, engolir...), vão ficando mais fracos gradualmente.

Os dados variam muito segundo o tipo de estudo e a população em causa mas estima-se que existam 3 a 5 casos de Esclerose Lateral Amiotrófica por cada 100 mil pessoas da população geral.

Muitas pessoas que desenvolvem ELA encontram-se entre os 40 e os 75 anos, sendo que a maioria das pessoas tem uma idade superior a 60 anos. No entanto, a ELA pode manifestar-se em qualquer idade.

 

» Como se manifesta?

A forma medular, a mais frequente, envolve músculos dos braços ou das pernas e pode provocar dificuldades ao nível da marcha ou, se envolver fraqueza dos músculos das mãos, pode traduzir-se, por exemplo, em dificuldade em abotoar um casaco. A Esclerose Lateral Amiotrófica pode designar-se por “bulbar” quando está associada à dificuldade em articular palavras (disartria), mastigar e engolir (disfagia).

Podem também existir formas respiratórias de manifestação da doença (falta de ar, tosse, entre outras).

Geralmente acaba por haver um envolvimento progressivo da musculatura corporal de forma difusa, mas a progressão é muito variável.

Quando a fraqueza muscular envolve músculos do pescoço ou do dorso, fala-se em forma axial. Finalmente, a ELA pode designar-se por “difusa” quando existem queixas associadas a diversos pontos do corpo. A doença pode associar-se a uma forma de demência (fronto-temporal), havendo neste caso uma probabilidade mais elevada de se tratar de uma situação com base genética, podendo haver vários elementos da família afetados.



» Causas

Pensa-se que uma percentagem de cerca de 10% dos casos tenha uma origem genética, sendo a restante percentagem de causa ainda desconhecida. Os estudos demonstram que a ELA é mais comum em homens do que em mulheres, e também mais nos caucasianos do que nos indivíduos de raça negra.


» Sintomas

Falta de força muscular, atrofia muscular, espasmos involuntários nos músculos (fasciculações), cãibras, fadiga, músculos presos por aumento do seu tónus (espasticidade), aumento da quantidade de saliva.


» Diagnóstico

Nenhum teste ou exame isoladamente é capaz de estabelecer o diagnóstico definitivo da esclerose lateral amiotrófica.  O diagnóstico da ELA é baseado, principalmente, nos sintomas e sinais observados através do exame físico neurológico. A presença ao mesmo tempo de sinais do primeiro e do segundo neurónio motor é bastante sugestiva.

Uma vez que os sintomas de ELA nas fases iniciais podem ser semelhantes aos de várias outras doenças, o neurologista costuma solicitar exames complementares para descartar os diagnósticos diferenciais.  Um destes testes é a eletroneuromiografia, um exame capaz de definir se a origem da fraqueza muscular é do próprio músculo ou de alguma doença dos nervos. O médico pode também solicitar uma ressonância magnética para captar imagens detalhadas do cérebro e da medula espinhal, para descartar outras causas de doenças neurológicas, como tumores, AVC, infeções, hérnia de disco, etc.


» Prevenção

Sendo a ELA uma doença degenerativa, o foco principal para prevenção deve ser a manutenção de um estilo de vida que evite os fenómenos de stresse oxidativo dos vários tecidos. Para isso é aconselhado o controlo do sistema nervoso, o que inclui regulação da ansiedade, sono, etc., e aplicação de hábitos alimentares que combatem o stresse oxidativo e radicais livres. Devem ser valorizados especialmente alimentos ricos em vit. E, C, Complexo B, selénio, Zinco, Co-enzima Q10, ômegas 3 e alimentos percursores do glutatião (neutralizador-chave hepático), como por exemplo o abacate,  alho, cebola, brócolos, entre outros.